quarta-feira, 22 de março de 2023

Entrevista com a autora Rô Mierling

Enquanto esperamos pela segunda edição de Diário de Uma Escrava que tal conferimos a entrevista que a autora @__romierling nos deu.

1. Você nasceu em qual cidade?

Porto Alegre – RS.

2. Porque você escreve?

Para alertar as pessoas sobre realidades chocantes que acontecem no mundo e que muitas pessoas ignoram. Não escrevo para ganhar dinheiro, nem para ser famosa, quero apenas colocar para fora o horror que mora dentro de mim quando tomo conhecimento de assuntos e fatos que nunca deveriam existir, quero que as pessoas leiam, se informem e se alertem. “Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados”.
Edmund Burke.

3. Qual sua maior dificuldade como autora?

Conseguir um espaço honesto, respeitado e digno dentro da literatura brasileira, que se
encontra cada vez mais fragmentada em “castas”, não gerando uma igualdade de
oportunidade a todos, frente a qualidade da escrita de cada um e sim priorizando outros
pontos.

4. Quais as coisas que mais gosta na vida?

Viajar, ler, o mar, vinho, queijo, suculentas e antiguidades.

5. Qual a coisa mais importante na sua vida?

Deus, minha família e meus livros.

6. Tem algo da sua vida no livro Diário de uma Escrava?

Sim, muito. Na segunda edição, vocês vão saber bem mais sobre isso.

7. Como foi ser escritora da DarkSide Books?

Foi um primeiro passo muito importante para minha escrita, eu sou muito grata. Fui a
primeira escritora nacional de ficção que eles publicaram. Isso foi extremamente
significativo para mim.

8. Você tem livros publicados em outros países?

Sim, em Portugal, na Argentina, Chile e Angola.

9. O que não pode faltar nos livros que você escreve?

Realidade contada através da ficção, alerta social e finais impactantes.

10. Como é sua relação com os seus livros?! São os seus eternos filhotes ou a dedicação
é maior para os mais novos?

São meus amigos mais fiéis. Desde meus 11 anos leio, guardo e coleciono cada livro que
compro, recebo, encontro perdido por aí. Livros de qualidade, para mim, são um
verdadeiro tesouro, um caminho de fuga no estresse e um lugar para eu me isolar do
mundo quando a estrada tem mais pedra do que flores – o que acontece na maioria do
tempo.

11. Se você tivesse o poder de mudar algo no mundo, o que seria?

Eu faria da “lealdade” uma obrigação e direito fundamental.

12. Qual a importância dos blogueiros literários para o seu trabalho?

Todos que trabalham na divulgação da literatura de forma honesta, solidária e de coração aberto são ícones para mudar o mundo.
13. Cite os cinco melhores livros que você já leu!

Já li mais de 3 mil livros, escolher cinco é impossível, mas posso citar alguns que
realmente achei muito bem escritos com histórias marcantes: Escuridão Total sem
Estrelas (S. King), Em defesa de Jacob (William Landay), Coração Maligno (Chelsea
Cain), Grau 26 (Steve Dark) e Revival (S. King).

14. Após escrever Diário de uma escrava você recebeu alguma crítica negativa, por
conta do tema?

Sim, tenho muitos leitores que gostam de temática real e forte, mas existem muitos
leitores que prefere não saber o que a realidade é, onde está a verdadeira escuridão e quem podem ser os verdadeiros lobos. E, infelizmente, tem leitores que, optando apenas por leitura “suave” e com final feliz, geraram e geram críticas negativas com relação ao que escrevo e a Diário de uma Escrava, mas críticas negativas fazem parte, no começo doeu, por não entenderem que minha intenção é dar um alerta social, mas depois aprendi a lidar com essas críticas. Ninguem é obrigado a viver na realidade.

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