sábado, 9 de dezembro de 2023

Alunos do EJA e CIEJA da cidade de São Paulo lançam livro

Obra escrita por 128 autores é composta por contos, poesias, acrósticos e narrativas


Alunos com muitas histórias para contar, vidas carregadas de lutas e batalhas, pessoas que diante da necessidade precisaram mudar o rumo da vida e deixar os bancos escolares. Esse é um pouco do roteiro da vida dos alunos da EJA (Educação para Jovens e Adultos) e CIEJA (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) da cidade de São Paulo, que agora também são autores! 

O livro Antologia Literária foi escrito por pessoas como Edison da Silva, de 53 anos, paulistano, criado no bairro Santa Mônica, que estudou em uma escola estadual, mas no 7º ano do ensino fundamental, por necessidades econômicas, precisou largar os estudos e começar a trabalhar. Outra autora é a Maria Lúcia Vieira Barros, de 63 anos, que migrou de Pernambuco para São Paulo e não conseguiu seguir com os estudos e hoje busca terminar o segundo grau e depois estudar psicologia. O livro conta com 128 escritores em um total de quatro escolas. 

A ideia é pioneira e surgiu ainda no início deste ano, durante a 12ª Semana Municipal de Incentivo e Orientação ao Estudo e à Leitura de São Paulo, tradicional evento da cidade, criado por lei do vereador Professor Eliseu Gabriel (PSB). Todos os anos, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, ele lança um livro dos alunos e um dos professores que participaram das atividades da Semana. 

“Sabemos que essas pessoas têm um universo de histórias de superação, criatividade e emoção. E agora elas estão inseridas no “Antologia Literária”, conta Eliseu.

O vereador relembra que durante a Semana da Leitura, quando os Trovadores Urbanos estiveram nas escolas com esses alunos,  eles escreveram palavras após ouvir as músicas tocadas pelos trovadores, criando o muro do afeto, que inspirou  a criação do livro.”Esses alunos nos lembram que suas dificuldades diárias e a  idade não são obstáculos para a busca do conhecimento”, comentou. 

A Educação de Jovens e Adultos - EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. O CIEJA são unidades educacionais que atendem jovens e adultos em três períodos (manhã, tarde e noite) em até seis turnos diários, articulando em seu projeto pedagógico o Ensino Fundamental e a Qualificação Profissional Inicial em São Paulo. 

“Como alcançar o respeito por meio das diferenças? Talvez pela educação. Eu mesma fiz a opção de retornar aos estudos porque acredito que este seja um meio de me socializar e me atualizar, só assim poderei contribuir para um mundo melhor”, são palavras de Maria Lúcia, agora autora de um livro. 

Edison da Silva, ao lado de outros colegas, escreveu um acróstico tendo a palavra diversidade como raiz, de onde surgiram outras palavras como humanidade, diálogo, amor e empatia, formando uma escrita poética. “Aprender ao lado de colegas escrever esse acróstico foi muito importante, tenho certeza que a educação pode mudar a vida das pessoas e estou vivendo essa mudança, escrevendo um livro”, comenta. 

Participaram do livro alunos da EJA das escolas: EMEF Jairo Ramos (Jardim Mangalot), EMEF Desembargador Silvio Portugal (Jardim Líbano), EMEF General Vicente Daile Coutinho (Vila Souza) e do CIEJA Vila Maria/Vila Guilherme . 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Diferenças de classes e a busca pelo amor são temas do livro de Rodrigo de Souza


Autor estreia com uma mistura de ficção científica e fantasia

O escritor Rodrigo de Souza aborda em seu livro “Conexão” temas como discriminação, amor e diferenças de classes, tudo em um cenário futurístico com elementos de uma revolução industrial. A obra, que é uma sci-fantasy (mistura de ficção científica com fantasia), foi lançada pela editora Labrador este ano e é a publicação de estreia do autor. Ela está em ebook por R$13,93 na Amazon e física por R$39 tanto na editora quanto na Amazon.


“Conexão” conta a história de Theo, um jovem que vive no planeta Cenes, e recebe a missão de dar um jeito na espaçonave Harim, vinda do planeta Climar, que está causando uma doença terrível na população através da emissão de raios. O rapaz parece ser o único capaz de religar a nave e encerrar a doença, mas para isso, ele precisa encontrar o anatar – a chave roubada por um climariano rebelde – e enfrentar preconceitos, medos e traumas, enquanto desvenda mistérios do seu próprio passado. “É uma aventura divertida, que pode agradar tanto ao leitor que quer apenas algo para se entreter quanto aquele que quer pensar em alguns temas mais sérios, como discriminação de raça, discriminação pela orientação sexual, diferença de classes”, explica o autor.


O livro está disponível em ebook e físico  pela plataforma Amazon, e também pode ser adquirido pela editora Labrador. Os interessados também podem saber mais pelo instagram oficial do Rodrigo de Souza.


Sobre o escritor Rodrigo de Souza



Rodrigo de Souza nasceu em Porto Alegre, cidade onde sempre morou e onde escrever seus livros e estuda escrita criativa. É formado em Direito e trabalha na Secretaria da Fazenda Estadual desde 1990. Gosta de ler, assistir séries e filmes, e tudo o mais que envolva histórias. “Conexão” é seu primeiro livro publicado.



Sobre o livro “Conexão”



Sinopse:


Cenes é um planeta que desperta para a revolução industrial quando a espaçonave Harim, vinda do distante planeta Climar, aterrissa em uma de suas cidades. Os climarianos passaram a conviver com os cenenses, influenciando-os com sua tecnologia e cultura. Duas décadas depois, os invasores desapareceram de Cenes tão misteriosamente quanto chegaram. A nave Harim, contudo, ficou suspensa sobre a cidade de Azúlea, e há quarenta anos ela emite raios que causam uma terrível doença entre os cidadãos abaixo dela. 


Theo, um jovem abiadi – mestiço de climariano com cenense –, parece ser o único capaz de religar a nave, encerrando a doença que assola os moradores de Azúlea. Para isso, ele precisa encontrar o anatar – a chave roubada por um climariano rebelde – e enfrentar preconceitos, medos e traumas, enquanto desvenda mistérios do seu próprio passado nebuloso. Conexão é uma ficção científica permeada por dilemas morais. Uma obra na qual a ética e a fé serão constantemente colocadas à prova.


Serviço



Sessão de autógrafos de "As Aventuras de Mike - A origem de Robson" reúne milhares de fãs em capitais do Brasil


Os autores Gabriel Dearo e Manu Digilio estiveram presentes em livrarias de todo o país


Gabriel Dearo e Manu Digilio conquistam por semanas seguidas as primeiras posições no ranking dos livros mais vendidos no segmento infantojuvenil, com o sucesso do lançamento “As Aventuras de Mike – A origem de Robson”. Por duas semanas consecutivas chegou ao topo, em primeiro lugar de vendas.

A dupla percorre pelo Brasil realizando tardes de autógrafos por capitais do país, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE) e Recife (PE). As sessões deram a oportunidade para os fãs mirins garantirem o livro autografado e conhecerem os escritores pessoalmente. Nas quatro cidades, foram visitadas quatro livrarias, mais de 1.700 livros autografados e encontro com milhares de fãs.

As Aventuras de Mike - A origem de Robson” é o quarto livro da série As Aventuras de Mike”. A obra capa amarela, aprofunda sobre o personagem Robson, uma capivara de estimação. Durante toda narrativa, os fãs vão descobrindo por que Mike possui um animalzinho tão diferente, o motivo pelo qual ele chama Robson e acompanhar um pouco das aventuras e atrapalhadas do personagem.

Sobre As Aventuras de Mike


Com a proposta de trazer uma alternativa além das telas, para entreter crianças e jovens, os autores envolvem o leitor no universo de Mike e dos outros personagens já queridos pelo público. As obras reúnem esquetes e paródias family friendly no formato de diário e com tirinhas, além de atividades relacionadas a cada parte do enredo, tornando o leitor um integrante da história.

O livro apresenta uma família divertida e comum, com a qual muitos acabam se identificando. Virou um fenômeno, com mais de 600 mil obras vendidas no Brasil e outros dez países. São três livros já lançados, uma edição especial e “As Aventuras de Mike: A Origem de Robson”, em lançamento.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Como pequenas livrarias podem se consolidar no mercado editorial


Controle do fluxo de caixa, atendimento especializado e crescimento gradativo são alguns dos caminhos mais apropriados para novos empreendedores

Grandes redes de livrarias no Brasil têm vivido uma profunda crise nos últimos anos, com centenas de lojas fechando suas portas. Com isso, livrarias menores ganham espaço para crescer e conquistar público – no último ano, a Associação Nacional de Livrarias (ANL) calculou a abertura de cerca 100 novas lojas, em dimensões menores. Para o escritor Uranio Bonoldi, especialista em carreira, negócios e tomada de decisão, é importante que novos empreendimentos reconheçam os erros que as grandes redes cometeram para evitá-los. 

“Uma prática muito difundida no mercado, e que se consolidou por meio das livrarias de grandes redes, é a consignação. Este fato faz com que haja uma tendência ao relaxamento dos controles, pois muitas das redes auferem a receita e só contabilizam os custos dos livros vendidos por ocasião do acerto com as editoras. Portanto, o grande desafio das pequenas livrarias em sua gestão é de não perder de vista os controles e fazer forte gestão do fluxo de caixa a fim de não ter que se financiar junto a bancos”, diz Bonoldi, autor da saga de ficção “A Contrapartida” e do livro de negócios e carreira “Decisões de alto impacto”.


Segundo o escritor, as livrarias já tem um grande financiador a custo zero que são as próprias editoras que deixam seus títulos em consignação. “Se financiar junto a bancos pode elevar os custos da operação em níveis insustentáveis para o tamanho e escala do negócio. Portanto, a gestão dos livreiros deve ser profissional, disciplinada e com alto grau de controle e monitoramento”, aponta.

Uranio Bonoldi ainda defende o modelo das livrarias com espaços reduzidos e melhor aproveitados. “Acabou a era de livrarias que mais pareciam um parque de diversões, uma lanchonete ou papelaria, com áreas vazias para lazer e outros tipos de distrações. Tudo bem ter um espaço para um café, um chá, um pão de queijo, para proporcionar conforto ao cliente. Mas que seja pequeno, compacto e eficiente do ponto de vista de velocidade de atendimento e giro. Se for possível terceirizar esse espaço, melhor. Assim o livreiro foca no seu negócio principal: livros”, pontua.

Desenvolver um marketplace e investir em vendas online pode facilitar a disposição dos livros nas lojas físicas. “Produtos de baixo valor agregado podem ser armazenados em lugares com menor exposição, enquanto os produtos de maior valor agregado podem ser expostos na loja de forma a dar maior atratividade ao ambiente, sem deixar de vender toda gama de livros”. Segundo o autor, o marketplace passou a ser uma forma muito importante de se relacionar com o cliente e não pode ser ignorada. “É imprescindível a livraria estar presente em marketplaces e nas mídias sociais divulgando lançamentos, promoções, ofertas e eventos.”

Atendimento especializado

Outro ponto de atenção é o treinamento dos atendentes, que precisam ter um conhecimento mais aprofundado sobre as obras, executando as vendas de forma mais orgânica, menos automatizada. Um dos caminhos é aproveitar a relação com editoras e escritores para um treinamento direto com quem escreve e edita os livros vendidos. “Uma prática que deveria ser melhor explorada é convidar escritores para dar treinamento sobre suas obras – o estilo que adotam, os próximos lançamentos previstos, obras similares que serviram de referência, etc. Isso motiva os atendentes a indicar seus livros, falar com maior propriedade sobre o escritor e suas obras, e assim alavancar resultados”, opina Bonoldi.

Uranio Bonoldi reforça ainda a importância de se dar um passo de cada vez. “Abra a segunda, terceira, ou quarta loja somente após a consolidação da antecessora. Não abra lojas de forma simultânea. Muito cuidado porque a margem de contribuição e o resultado final das vendas de livrarias menores apresentam margens bem apertadas em relação aos grandes players. Sendo assim, consolide uma livraria, antes de dar o próximo passo e assim sucessivamente”, diz.

Por fim, o fundamental é que os livreiros respeitem as editoras, os escritores, os colaboradores, e todos os que fazem parte do universo literário. “Esta atividade envolve pessoas muito especiais nos dias de hoje, pessoas que lidam com cultura e, seja produzindo ou comercializando, esperam ter prazer e desenvolvimento pessoal naquilo que fazem. Não importa em qual elo desta cadeia a pessoa esteja, quem está no setor, está por vocação. Sendo assim, seja responsável e não decepcione aqueles que dão vida ao maravilhoso encadeamento cultural”, finaliza.

Sobre o autor:

Uranio Bonoldi é palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO. É autor dos thrillers da saga “A Contrapartida” e de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP.


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Santa Catarina: Festival Literário Internacional transforma Pomerode em destino cultural

O FLIPomerode terá cinco dias e mais de 60 horas de programação

O Festival Literário Internacional de Pomerode (FLIPomerode) será realizado em Pomerode (SC), entre os dias 9 e 13 de agosto. A cidade, considerada a mais alemã do Brasil, já conta com eventos consagrados como a Osterfest, que entrou para o Guiness World Records com a maior árvore de Páscoa do mundo; e o Festival Gastronômico, que figura entre os mais procurados do Sul do país. Agora o objetivo é se mostrar também como um destino cultural e atrair turistas interessados por arte, cultura e, principalmente, por literatura.


Com o propósito de conectar a literatura brasileira à de expressão alemã, o festival estreia com uma proposta bilíngue e com tradução simultânea das mesas de debate e contação de histórias. O público adulto terá oportunidades ainda inéditas no Brasil, como acompanhar a mesa de debates com Uljana Wolf, a maior poeta e tradutora da nova geração alemã. Ela estará no evento no sábado (12/8), com o reverenciado poeta e tradutor brasileiro Paulo Henriques Britto. A dupla irá compartilhar as experiências, influências e visões sobre a poesia e a tradução em um debate repleto de línguas, sentidos e significados.

Para Carlos Henrique Schroeder, curador do FLIPomerode, o desafio de trazer nomes de relevância nacional e internacional ao evento é proporcional à importância de um evento desse porte no Sul do país. “A programação é voltada para discutir a centralidade da literatura em um mundo fraturado. Então, discussões acerca da poesia, tradução e homenagens a grandes autoras brasileiras dão o tom, mas sem esquecer da formação dos leitores, por isso temos dezenas de contações de histórias e mediações de leituras”.

Programação totalmente gratuita

Durante os cinco dias de evento, serão realizados mais de 60 horas de atividades, como contação de histórias, lançamento de livros, sessão de autógrafos, mediações de leituras, debates, apresentações musicais, cinema, performances e espetáculos de teatro. “Não é apenas uma feira de livros, mas sim uma celebração do livro e da leitura, para aproximar os leitores dos livros e de grandes autores de renome. Faltava um festival internacional de literatura deste porte para Santa Catarina, e agora já temos", revela Edilma Lemanhê, coordenadora geral do FLIPomerode.

O Centro Cultural de Pomerode será o palco do festival, que contará ainda com autores regionais e estaduais. Todas as atrações serão gratuitas, no entanto, os ingressos devem ser garantidos de maneira on-line através do site oficial do evento, na aba “ingressos”. Será possível retirar dois ingressos por CPF, por atração.

O festival tem programação para todas as idades e as oficinas podem ser frequentadas por crianças, grupos escolares e famílias que queiram mergulhar no universo da leitura. Um espaço especial será dedicado ao momento de autógrafos e fotos com os convidados e palestrantes. A cerimônia oficial de abertura terá o concerto da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul, uma das orquestras com maior expressão no estado de Santa Catarina, que apresentará um repertório eclético e vibrante de compositores alemães e brasileiros, no Teatro Municipal da cidade.

O FLIPomerode é uma realização da Associação Visite Pomerode (AVIP), com produção do Centro Cultural SCAR. Conta com o apoio do Goethe-Institut, da Câmara Literária de Pomerode e da Prefeitura Municipal de Pomerode. O evento tem o patrocínio de Juriti, Oxford, Kyly, Havan, Nugali, Netzsch, Karsten, Strauss e Damenny, através do Programa de Incentivo à Cultura do Governo do Estado de Santa Catarina.

FLIPomerode


A democratização da literatura no Brasil existe?


A advogada e estrategista Thereza Castro comenta sobre o tema


A acessibilidade da literatura no Brasil tem sido um tema de crescente importância, pois busca a garantia de que todas as pessoas tenham acesso pleno ao universo literário do país. Ao longo dos anos, diversas iniciativas têm sido tomadas para tornar a leitura mais acessível a todos, independentemente de suas condições específicas. 

É possível destacar que os livros estão inclusos na lei de acesso à cultura, um direito fundamental garantido na Constituição Federal Brasileira de 1988. O Estatuto da Pessoa com Deficiência determina o incentivo de publicações em formato acessível, inclusive pela administração pública. Ainda prevê que em caso de compras de livros para bibliotecas e livrarias, deve haver no edital uma cláusula de impedimento a editoras que não ofertam seus livros de forma acessível, definindo o que entende como formato acessível no art. 68, parágrafo segundo “como os digitais passíveis de leitura por voz sintética através de recursos de acessibilidade, que disponham de ampliação de fonte e as publicações impressas em braille”.

As organizações da indústria literária também tomam iniciativas para tornar a literatura acessível ao público, promovendo discussões sobre novos recursos e modelos de distribuição, além de se reunir periodicamente para direcionar ações para cumprimento da legislação. É importante para a produção acessível que o mercado tenha opções sustentáveis de escoamento do formato digital, seja em e-book ou audiolivro, para que os produza mais, assim o primeiro passo é dar conhecimento e visibilidade a indústria dessas possibilidades.

“Manter a indústria saudável, com players comprometidos e sérios, discutindo soluções inovadoras, e dando a elas visibilidade, é a forma mais eficaz para abrir a possibilidade das editoras produzirem também de forma acessível e ter por si outras iniciativas que visem a promoção da cultura para esse público”, comenta Thereza Castro, advogada com foco em direitos autorais e estrategista de inovação para o mercado literário.

A tecnologia tem sido grande aliada em tornar a literatura mais acessível às pessoas com deficiência visual de algum grau no Brasil e em outros lugares do mundo. Algumas das formas em que a tecnologia tem contribuído para esse avanço incluem audiolivros, softwares e aplicativos de leitura, acessibilidade em e-books (texto ajustável, contraste de cores e suporte para leitores de tela) e recursos de voz de assistentes virtuais.

“Apesar do importante papel que a tecnologia vem desempenhando, ainda existem desafios, principalmente em relação a quantidade de produção de audiobooks, por exemplo, tendo em vista seu custo, hoje, mais elevado de produção, e o fato de que para considerarmos total acessibilidade as imagens que compõem os livros, como capas, devem estar audiodescritas, o que normalmente não é feito em uma produção padrão e nem sempre está disponível nos aplicativos de leitura, por exemplo”, finaliza Thereza. 

 

Por Thereza Castro - Advogada com foco em direitos autorais e estrategista de inovação para o mercado literário

Sobre a autora: Formada em Direito pela FMU, Pós-graduada pela PUC/SP, atua como advogada há oito anos, a quatro, com foco em direitos autorais. Estuda liderança em inovação pela Universidade Hebraica de Jerusalém, reconhecida como um dos maiores polos tecnologicos do mundo.

terça-feira, 25 de julho de 2023

7 livros diferentes de autores nacionais pra você conhecer no Dia do Escritor


Comemora-se hoje, dia 25 de julho, o Dia Nacional do Escritor. A data foi escolhida como forma de homenagear o ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido e serve também para reforçar a importância dessa profissão que exalta a cultura e a educação. 

Mas para quem já gosta de ler, a data é só mais uma razão para mergulhar nos livros. Pensando nisso, listamos 7 autores nacionais diferentes para você conhecer. A boa notícia é que tem leitura para todos os gostos!

Vinicius Grossos - Uma Canção de Amor e ódio


 

Um dos autores mais conhecidos da literatura YA no Brasil, Vinícius Grossos fez sua estreia no universo hot numa comédia romântica que conta detalhes envolventes da relação entre Benjamin e Theodoro, dois cantores brasileiros rivais do mundo pop. Após um vexame midiático no festival Pop in Rio, os dois cantores são obrigados pela gravadora a fazerem uma música juntos para minimizar os danos da polêmica. E é dessa aproximação que irá surgir não só uma música, mas uma relação intensa e bem quente.

A obra é publicação da Naci, selo da editora Nacional.





Aureliano - Madame Xanadu 



A obra de Aureliano tem um enredo envolvente numa espécie de quebra-cabeças para desvendar a vida de uma drag queen, personagem principal que dá nome ao livro. Com elementos importantes, a história tem um misto de reflexões sobre a vida e traz alguns debates importantes, que vão desde uma personagem trans até sobre suicidio, tema esse que o escritor sempre busca falar para conscientizar as pessoas

A obra também é publicação da Naci, selo da editora Nacional.






Wandy luz - A metamorfose é irreversível



Conhecida nas redes por traduzir sentimentos em palavras e organizar as lições de vida em ideias claras, Wandy Luz lançou "A metamorfose é irreversível" em 2022. A obra reúne dois mil textos inspiradores de autoconhecimento da jornalista e traz também, em alguns trechos, relatos pessoais de como sempre sonhou em ser escritora. 

A obra é publicação da editora Nacional.  






Aimee Oliveira - Ladeira Abaixo



Com uma escrita inconfundível, Aimee Oliveira nos apresenta Antônia Vasquez, que mora numa ladeira de Santa Tereza. Ultimamente sua vida parece acompanhar o movimento que ela faz todos os dias ao sair de casa: uma descida íngreme. Ela se desdobra em mil para pagar a faculdade, dar conta dos estudos, cruzar a cidade de uma ponta à outra para ir ao trabalho e, ainda por cima, tomar conta de dona Fifi, sua avó, que está apresentando os primeiros sintomas de Alzheimer. 

Como se não bastasse, um dia, em meio aos tantos transportes públicos que utiliza, ela dá o azar de pegar o mesmo que Gregório, seu ex-melhor amigo. E, pior ainda, acaba desenvolvendo um crush nele.

A obra é publicação da editora Nacional.



Paulo Moreira - Bom dia, Socorro



"Bom dia, grupo!", quem nunca recebeu uma mensagem assim, com uma figurinha cheia de rococós, e ficou o dia todo pego em trocas de mensagens no celular? Foi o que aconteceu com Beta e Socorro, que ficaram presas numa batalha de mensagens de celular, cada uma mais enfeitada que outra. Essa mistura de grupo de zap com anime de lutinha com um tempero bem brasileiro é o mote da história em quadrinhos "Bom dia, Socorro", de Paulo Moreira.

O livro foi um dos 10 maiores projetos do Catarse, plataforma de financiamento coletivo, na modalidade Quadrinhos, e é publicado pela editora Conrad.




Marília Marz - Indivisível



Projeto da ilustradora e quadrinista independente, o quadrinho explora e discute a cultura negra e leste-asiática presentes no bairro da Liberdade, em São Paulo. Dividido em duas narrativas opostas associadas às culturas negra e leste-asiática, principalmente a japonesa, a obra busca contribuir para o entendimento do processo de construção da identidade do bairro, mostrando como antigamente ele era ocupado por escravos do século XIX e agora ele é muito conhecido como o bairro da colônia oriental.

A HQ foi vencedora do prêmio de publicações Des.gráfica 2018. 




Laerte Coutinho - A Noite dos Palhaços Mudos



Os Palhaços Mudos são considerados uma ameaça, e conservadores e preservadores do status quo tentam de tudo para exterminá-los. Quando um grupo tem sucesso em capturar um dos Palhaços Mudos e pretende eliminá-lo, deflagram uma hilária operação de resgate. 

Laerte já contribuiu para diversas publicações na Veja, Isto é, O Pasquim, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. A obra faz parte do projeto HQ Para Todos, da editora Conrad, que visa disponibilizar quadrinhos mais acessíveis a todo público.


Dia do Escritor: Conheça três autoras brasileiras que não saem da prateleiras dos livros mais vendidos do ano - e suas obras inspiradoras


As obras de autoria feminina chegaram para ficar. Confira as dicas da pesquisadora Dhafyni Mendes para manter sua biblioteca particular atualizada com grandes nomes

Desde 1960, o Brasil comemora em 25 de julho o Dia Nacional do Escritor. A data foi estabelecida pelo então ministro da Educação e Cultura, por causa da realização do I Festival do Escritor Brasileiro, que ocorreu no mesmo ano e foi patrocinado pela União Brasileira dos Escritores, que tinha como vice-presidente um dos autores mais importantes da história literária nacional: o baiano Jorge Amado. 

Escritores, ministros, autores: a história da literatura por muito tempo foi reconhecida e contada pelos homens, mas não foi escrita apenas pelo trabalho entregue por eles. Segundo algumas pesquisas, em 1859 foi publicado o primeiro romance escrito por uma mulher, a maranhense Maria Firmina dos Reis, um livro chamado Úrsula. A autora nem sequer assinou sua obra, escondeu-se sob o pseudônimo de “uma maranhense” e começou o livro dizendo: “Sei que pouco vale este romance, porque foi escrito por uma mulher (...) sem o trato e conversação dos homens ilustrados”. 

“Diferente dos Estados Unidos, onde, já no século XIX três quartos dos romances eram escritos por mulheres, o Brasil demorou para reconhecer a potência das mulheres que se dedicavam à literatura e à leitura, principalmente porque a alfabetização feminina aqui foi muito tardia em relação à masculina”, explica a pesquisadora de carreiras femininas e cofundadora do Todas Group, Dhafyni Mendes. 

A empresária destaca que foi preciso muito esforço, dedicação e talento para que as autoras conquistassem o mercado. “Outra contribuição importante são os movimentos que surgiram recentemente e que incentivam as pessoas a buscarem por obras escritas por mulheres, não só para que elas tenham o devido reconhecimento, mas também para que nós tenhamos mais contato, como leitoras e leitores, com outros pontos de vista, universos e criações, por meio da literatura - seja ela ficção ou não”, lembra Dhafyni. 



Autoras brasileiras consagradas, como Lygia Fagundes Telles, Cora Coralina, Hilda Hilst, Carolina Maria de Jesus e Clarice Lispector, inspiraram e abriram o caminho para que outras escritoras contemporâneas tivessem seus livros publicados em grandes editoras, além de gerar o interesse do público em ler o que mulheres têm a dizer sobre os mais variados temas. 

Para celebrar o Dia do Escritor, a pesquisadora indicou três autoras contemporâneas  - e um de seus livros -  para quem quer renovar sua biblioteca ou deixar ainda mais interessante seu repertório de histórias, perspectivas e possibilidades literárias. 

1. Elisama Santos (Bahia, 1985)

Elisama é psicanalista e autora de três best-sellers de não-ficção. Seu primeiro livro, Educação Não Violenta, foi publicado em 2019 e virou febre entre pais, mães, professores e profissionais da área de educação. Ela também dá muitas palestras e faz conteúdos sobre educação parental e a construção de relacionamentos mais saudáveis, por meio de uma comunicação mais aberta e menos impositiva entre adultos e crianças. 

Tem dois filhos e compartilha em suas redes sociais muitas reflexões sobre maternidade, pluralidade e relacionamentos. A linguagem de seus livros é leve, fluida e conectiva, estabelecendo uma identificação imediata entre a autora e quem está lendo. Em 2022, Elisama estreou na ficção, com a publicação de “Mesmo Rio”. “Um livro envolvente e sensível sobre conflitos familiares, que nos faz desenvolver compaixão pelos personagens e reflexões profundas sobre nossas próprias expectativas em relação à família”, conta Dhafyni. 

2. Lorena Portela (Ceará, 1986)

Lorena nasceu em Moçamba, cresceu em Fortaleza, morou por cinco anos em Lisboa e hoje vive em Londres. É jornalista, foi redatora publicitária, foi colunista no jornal Diário do Nordeste e hoje escreve sobre feminismo e sociedade na Revista Cláudia. Em 2020, lançou seu primeiro livro de forma independente, que vendeu mais de 10 mil exemplares. Ela já está trabalhando em sua segunda obra, mas seu trabalho de estreia, “Primeiro eu tive que morrer”, já disse a que Lorena veio.

O livro é um inventário sobre a auto descoberta de uma mulher que se vê em uma situação na qual não se imaginava: perdida. Ela questiona como, em sua vida, relações tóxicas podem ter se tornado sinônimo de sucesso. “Ao vermos na narrativa uma mulher que quase precisou morrer, literalmente, nos questionamos sobre nossas próprias escolhas e parâmetros de felicidade. A personagem ainda encontra nas dores de outras mulheres as respostas para alguns de seus maiores conflitos internos. Não por acaso, uma mulher brilhante e a quem admiro ptofundamente me indicou esta leitura”, explica a pesquisadora.

3. Carla Madeira (Minas Gerais, 1964)

Carla é, além de escritora, professora e sócia de uma agência de publicidade. Diferente das duas anteriores, está na estrada da literatura há anos. Seu primeiro livro, “Tudo é Rio”, foi publicado em 2014, mas demorou 14 anos para ser finalizado e, em 2021, o título levou Carla para a posição de segunda escritora mais lida do Brasil. A própria autora diz que, quando terminou o livro, já sabia que era uma história viral, do tipo que as pessoas querem que os amigos e amigas leiam para comentar sobre. 

Além dele, a autora tem outras três obras publicadas, que também estão no ranking da Lista Nielsen Publishnews - publicação mais tradicional do setor editorial - entre os livros mais vendidos de 2023. Carla já recebeu propostas para transformar “Tudo é Rio” em filme, mas ainda não aceitou os convites - uma de suas exigências é que o longa seja dirigido por uma mulher. “Quando alguém me pede uma indicação de leitura, esse livro é minha primeira sugestão. Não conheço ninguém que não tenha ficado extremamente impactado com as percepções das relações humanas ao estar diante de Lucy, Dalva e Venâncio, em uma narrativa escrita de forma visceral e, ao mesmo tempo poética”, conta Dhafyni sobre a obra.


Uberlândia se prepara para o lançamento de uma obra transformadora


Estudos, vivências, cartas, poemas, meditações e músicas de mulheres personificam a essência do livro e enriquecem a narrativa de "Uma nova mulher"

No próximo dia 31 de julho, a cidade de Uberlândia/ MG será o palco para o lançamento de um livro profundo e revelador: "Uma Nova Mulher - Curando a conexão mãe e filha" (Literare Books International), da terapeuta sistêmica, facilitadora e escritora Lari Pedrosa. Com uma abordagem sistêmica e repleta de histórias tocantes, a obra explora a complexa dinâmica entre mães e filhas e seu poderoso impacto no crescimento pessoal e na cura das mulheres.

"Uma Nova Mulher" mergulha nas profundezas das relações maternas e filiais, trazendo relatos íntimos da própria autora e de suas clientes e seguidoras. Estudos, vivências, cartas, poemas, meditações e músicas de mulheres que personificam a essência do livro enriquecem a narrativa, criando uma experiência envolvente e tocante para as leitoras.

Lari Pedrosa conduz o leitor por uma jornada de autorreflexão e autodescoberta, oferecendo uma perspectiva valiosa sobre essa temática complexa. O livro inspira as mulheres a libertarem-se das lealdades familiares, encontrarem sua própria identidade e integrarem os aspectos positivos de suas mães e ancestrais enquanto buscam a cura e evolução pessoal. “Este livro é o resultado de anos de observação e escuta terapêutica com o propósito de levar mais consciência às filhas que desejam melhorar suas relações internas com as mães e se tornarem ‘uma nova mulher’”, afirma a autora.



O lançamento de "Uma Nova Mulher - Curando a conexão mãe e filha" será no dia 31 de julho, na Livraria Leitura do Center Shopping Uberlândia (Av. João Naves de Ávila, 1331 - Loja 1268 - Tibery, Uberlândia – MG). Será uma oportunidade única de conhecer a autora Lari Pedrosa, trocar experiências e adquirir um exemplar autografado dessa obra impactante.

Não perca a chance de embarcar nessa jornada transformadora e encontrar a sua própria essência! "Uma Nova Mulher - Curando a conexão mãe e filha" é mais do que um livro; é um convite à cura e evolução pessoal.




Sobre a autora




Lari Pedrosa – É idealizadora do Projeto: Um caminho que leva à cura da mulher: Mães e Filhas, Especialista em Constelação Familiar Original Hellinger, Terapeuta, Palestrante e Treinadora Sistêmica, Professora e Escritora. Em sua prática, utiliza a abordagem teórica e vivencial de Bert Hellinger para trabalhar a dor emocional das mulheres, tocando-as com uma nova consciência. Mestre em Educação pela Unicamp/SP, Pedagoga e Historiadora pela UFU, Pesquisadora dos Órgãos: CNPq e FAPESP, Avaliadora do Programa PIBID/CAPES, mais de 20 anos de Carreira Docente de Graduação/Pós Graduação (MBA) e Coordenação Pedagógica em IES e Educação Infantil nas redes privadas e públicas, possui Certificação Internacional Profiler e Formação Básica e Avançada em Constelação Familiar pelo Instituto Imensa Vida, IBRACS, IDESV e Pós-Graduação pela Hellinger Schule no Brasil e na Alemanha. Atualmente, divide seu tempo entre seus atendimentos individuais, de grupos, formação para mulheres e sua escrita.

 

Mais informações
Uma nova mulher - Curando a conexão mãe e filha
Autora: Lari Pedrosa
Editora: Literare Books International – 1ª edição – 224 páginas – 2023 – R$ 59,90
Formato: 16 x 23 cm
Categoria: Não Ficção
ISBN do físico: 9786559226122
ISBN do digital: 9786559226375
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Estudante de 12 anos lança livro infanto-juvenil

 

Joshua Greenshields viu nos contos literários uma habilidade que nem sabia que possuía. Com incentivo da professora, escreveu primeira obra com 17 contos



Sabe a história da professora que mudou a vida de um aluno? Que com aulas criativas conseguiu alcançar habilidades que a criança nem sabia que possuía? Que busca acessar o que cada aluno tem de melhor? A professora Wilzelaine Aparecida Hanke, de Língua Portuguesa e Oficina de Leitura e Redação, conseguiu essa conquista na vida do estudante Joshua Richard Caetano Greenshields, num dos momentos mais difíceis da sua vida.

Era início de 2020, quando Joshua, então aluno do 6.º ano do Ensino Fundamental, tinha acabado de se mudar para o Colégio Positivo - Boa Vista, em Curitiba (PR). Foi quando começou a pandemia. Conteúdos on-line, plataformas desconhecidas, professores também. Tudo novo num ambiente que parecia ser de difícil adaptação, até que não demorou para o menino conhecer - virtualmente - a prô Wil. “O Joshua passava o período todo assistindo às aulas por meio da transmissão on-line e até aquele momento não escrevia muitos textos. Foi durante nossas produções, essencialmente literárias, que ele surgiu com o personagem Dom Ratinho. Em todas elas, de uma forma ou de outra, ele escrevia narrativas cujo protagonista era sempre o mesmo”, lembra a professora.

A escola como incentivadora

A escola teve papel importantíssimo no interesse de Joshua pela escrita e pela leitura, segundo a mãe, Márcia Greenshields. “Ele gosta de ler tanto livros em português como em inglês. Ama tecnologia, sempre está criando algo diferente. Pediu para o pai, que estava na Inglaterra, mandar um livro de presente no seu aniversário em 2021. Quando chegou, ele ficou maravilhado e leu muito rápido”, lembra a mãe, que percebeu que as aulas fizeram com que o estudante se interessasse não apenas em ler, mas em escrever o que vinha à mente.

“Até o início das aulas no Colégio Positivo, ele nunca tinha feito uma composição. Gostava muito de criar as histórias da sua imaginação, mas tudo sem escrever. Somente fazia desenhos sequenciais. Por isso, digo que a escola foi fundamental para fazer com que a criação saísse do mundo imaginário para o papel”, conta a mãe.

A professora Wil concorda. Desde o início das produções, ela via as histórias com uma forte possibilidade de ser lida por mais pessoas, especialmente por crianças. “A linguagem acessível despertou em mim a vontade de continuar lendo. Imaginar os personagens era muito agradável e revelador. Se um adulto se sentia envolvido, como uma criança não se deixaria levar por toda aquela magia?”, questionava-se. “Passei a comentar com colegas a respeito da potencialidade dele e de outros colegas, cada qual com suas características únicas de escrita”, lembra. No caso do Joshua, sobressaia-se a delicadeza das palavras e a forma como envolvia o leitor, transportando-o para um universo puro, em que não importam as diferenças. Uma riqueza imaginativa que cativa leitores iniciantes e mais experientes. "O Joshua traz em sua escrita o perfil dos autores de literatura infantil, perfil esse que o Brasil está ficando carente", explica. 

E foi assim, aula por aula, que a professora viu o envolvimento do aluno em discorrer mais e mais capítulos com histórias envolventes e, ao mesmo tempo, despretensiosas, que prendiam os leitores, no caso ela e os colegas de sala. “Os contos trazem temas como amizade, persistência, senso de justiça, de coletividade, imaginação, trabalho em equipe e preservação do meio ambiente. Também incorporam outras disciplinas em seus enredos, especialmente história e ciências”, detalha.

Do manuscrito ao livro



No sétimo ano, os textos literários deixaram de ser o foco das aulas, mas não das horas vagas do aluno dedicado. “Mesmo que os textos trabalhados naquele período não fossem mais os literários, em casa, ele continuou a escrever os contos do Dom Ratinho, somando 17 ao todo”, conta a mãe.

Como a professora Wil é conselheira da sala, no início deste ano, ao conversar com a mãe numa reunião, ela comentou que os contos de Joshua mereciam ser publicados, já que haveria leitores infanto-juvenis interessados em lê-los.

E qual não foi a surpresa do estudante quando a professora avisou que uma editora estava recebendo livros de novos autores. Era só se cadastrar e enviar a obra que passaria por uma seletiva. “Eu só tive o trabalho de digitar todo aquele material e fazer as devidas correções. O restante foi todo trabalho dele”, comemora, feliz, a mãe, ao saber que a obra do filho havia sido selecionada. “Ele só não ilustrou o livro, mas fez um esboço e disse como gostaria que os personagens fossem”, lembra. E assim o livro foi lançado: Aventuras Incríveis do Dom Ratinho, Editora Asinha, disponível em todas as plataformas de venda. É claro que é muito cedo para afirmar que Joshua será um escritor na vida adulta. Mas uma coisa é fato: ele já ensaia a próxima obra, sendo autor do texto e da ilustração, sua outra paixão. 

 

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo - Júnior, o Colégio Positivo - Jardim Ambiental, o Colégio Positivo - Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo - Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo - Água Verde e o Colégio Positivo - Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina - onde hoje fica o Colégio Positivo - Joinville e o Colégio Positivo - Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo - Londrina. Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo - Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, a St. James' International School, em Londrina (PR), integrou-se ao grupo. Em 2023, o Positivo chega a São Paulo, com a aquisição do Colégio Santo Ivo, e passa a contar com 17 unidades de ensino, em oito cidades, no Sul e Sudeste do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 18,5 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.