(*) Cícero Manoel Bezerra
O termo “literatura” possui várias denotações. Pode referir-se a textos poéticos, ou romances, ou textos em geral como os compêndios de português, de matemática, de geografia, de história etc. Pode ser aplicado de forma abrangente, por exemplo, quando dizemos “em toda literatura médica”, e assim por diante.
Como diz o professor, jornalista, escritor e sociólogo Robert Escarpit “a literatura existe. Ela é lida, vendida, estudada. Ela ocupa prateleiras de bibliotecas, colunas de estatísticas, horários de aula. Fala-se dela nos jornais e na TV. Ela tem suas instituições, seus ritos, seus heróis, seus conflitos, suas exigências. Ela é vivida cotidianamente pelo homem civilizado e contemporâneo como uma experiência específica que não se assemelha a nenhuma outra”.
Dessa forma, sua importância não se restringe apenas às salas de aula, mas abrange toda a vida social do indivíduo enquanto professor, estudante, homem, mulher, adolescente, criança. Ou simplesmente o “curioso” que pega na mão um livro e vê apenas a sua capa.
Na abordagem acadêmica, a literatura oferece ao estudante a oportunidade de buscar matérias e discussões sobre os vários contextos e épocas anteriores à sua, de modo que possa analisar as diferenças existentes entre passado e presente.
Ela ainda permite a imaginação, por meio desses dados, sobre fatos futuros. É assim, por exemplo, quando se lê um livro como Vidas Secas, de Graciliano Ramos. A obra traz em si o caráter denunciante da triste realidade de um povo sofrido. No passado e no presente, escritores revelaram e denunciaram aspectos sociais desfavoráveis por meio da literatura.
Para o bem da discussão, uma verdade é que a literatura está presente nas vidas dos cidadãos participativos ou participantes. E daqueles conscientes ou inconscientes dessa realidade. Isso porque ela nos oferece subsídios para estudar, analisar, transformar ou manter comportamentos; enriquecer currículo; conhecer nossa história; admirar formas; respeitar valores; melhorar atitudes; mudar política e socialmente, crescer intelectual e culturalmente.
E o melhor de tudo: não é necessário ir tão longe, basta uma biblioteca ou um aplicativo. Muitas vezes nem sequer é preciso sair de casa, o que importa é folhear as páginas do livro e viajar na imaginação. Como cita Vítor Manuel de Aguiar e Silva, a leitura “exprime, de modo inconfundível, a alegria e a angústia, as certezas e os enigmas do homem”.
E como conhecer e identificar um bom livro? Veja algumas dicas:
1) Procure conhecer o autor
2) Leia a apresentação na capa e contracapa
3) Procure ler referências de outros leitores
4) Geralmente as orelhas apresentam sinopse sobre o livro
5) Capa e título geralmente apresentam os assuntos
6) Procure ler o índice ou sumário
7) Procure livros de interesse permanente
(*) Cícero Manoel Bezerra é coordenador da área de Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER
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