quarta-feira, 15 de julho de 2020

Anatomia não é um destino


Diferente do que acontecia há algumas décadas, a anatomia não é mais um destino. Os avanços da tecnologia e da medicina, bem como os debates em torno da sexualidade no mundo atual abrem a oportunidade para que o sujeito possa pensar em um posicionamento outro que o de sua condição anatômica. É isso que Homens, Mulheres, publicado pela Aller Editora e escrito por Colette Soler, traz em uma de suas perspectivas quanto às possibilidades e consequências nos laços sociais.

Para a autora, a única coisa definida é o aparelho reprodutor e o que ele diz sobre a reprodução humana, mas quase nada sobre a sexualidade. O que pode ser observado cada vez mais claramente hoje em dia é que já não se pode definir o posicionamento sexual de um indivíduo pelas formas de vestir, pelo corte de cabelo e outros signos rigidamente impostos. Falar de sexualidade é poder entender o feminino e o masculino muito além do que pensávamos distinguir.

Para avaliar esse novo panorama do sexual, é necessário diferenciar o que é histórico do que é estrutural do sujeito. Além disso, o debate sobre a diversidade ganhou espaço público, cidadania, possibilidades de alterações corporais. A sociedade saiu, aos poucos, do âmbito da patogenia e passou a construir um novo conceito em torno disso.

Partindo da leitura minuciosa das obras de Freud e Lacan, Colette Soler faz um recorrido histórico do tema e aponta sua incidência nos diversos discursos que existem na atualidade, suas diferenças e possíveis transformações.

Tudo que não era uma relação heterossexual era considerado perversidade, portanto, não tinha direito à cidadania. E hoje, a pluralidade dos relacionamentos está protegida por leis.

Como um fio de esperança, a cidadania, um direito de todos, está em crescente exercício nos casos de relacionamentos homoafetivos. Porém, ainda ouvimos muitos casos em que essa liberdade é ceifada, porém a evolução está em seu curso e cada vez mais desmistificada perante a psicanálise.

Homens, Mulheres fortalece debates necessários sobre o sujeito contemporâneo.

A psicanalista e editora da Aller, Fernanda Zacharewicz  está disponível para um bate papo sobre o tema ou trabalho de Colette, caso tenha interesse. 
Para mais informações ou agenda, por favor entre em contato com Fernanda Baruffaldi | (11) 9.7976-9682, Caroline Arnold (11) 9.6476-2941 ou por e-mail: fernanda@enxamecoletivo.com.br e caroline@enxamecoletivo.com.br

Ficha Técnica: Formato: ePub
Páginas: 233 páginas
Preço: R$ 39,90
Editora: Aller Editora
Gênero: Não Ficção, Psicanálise
Palavras-chave: Psicanálise, Gênero, Sexualidade, Lacan, Freud, Identidade, Comportamento
ISBN EBOOK: 9786587399003

Sobre a autora: Colette Soler pratica a psicanálise e a ensina em Paris. Agrégrée da universidade em filosofia, diplomada em psicopatologia e doutora em psicologia. Foi seu encontro com o ensino e a pessoa de Jacques Lacan que a fizeram escolher a psicanálise. Foi membro da antiga Escola dissolvida por Jacques Lacan em 1980 e, após a cisão com a Associação Mundial de Psicanálise (AMP) em 1998, esteve na origem do movimento dos Fóruns do Campo Lacaniano e de sua escola Internacional de Psicanálise. É autora de Lacan, Leitor de Joyce, também publicado pela Aller Editora.

Sobre a editora: 
Formada pela psicanalista Fernanda Zacharewicz junto com o jornalista e publisher Omar Souza, a Aller Editora oferece em seu catálogo obras que se debruçam sobre os temas cruciais da teoria e da prática clínica, desde seus fundamentos até os novos debates sobre questões da atualidade e suas repercussões sobre o sujeito contemporâneo. Inspirada na palavra francesa Aller, que significa ir, a casa editorial convida leitores, atuantes na área de Psicanálise ou não, a percorrerem caminhos que cruzam fronteiras a embarcarem nessa aventura que é ler como movimento

0 coment�rios: